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domingo, 28 de setembro de 2008

Constantemente me pego a pensar o que pensam os outros sobre mim.
Quem nunca quis saber a imagem que passa...
Algo mais do que apenas olhar no espelho toda manhã.
A gente precisa sempre de um algo mais
Seja pra acreditar mais em nós
Seja pra inflar ainda mais o nosso ego
Seja pra nos decepcionarmos diante da imagem vista pelos outros.
Às vezes não sei se passo a imagem certa
Às vezes não sei se tenho sido o que realmente quero ser
É um devir constante que ás vezes me soa falso (que me perdoe os “devirnianos”)
Sei lá sei lá
Eu queria ser mais, sem medo do exagero.
E às vezes até queria ser menos, sem medo da falta.
Queria ser eu sem condições
Sem objeções
Sem opiniões
Queria apenas ser eu sem comparações e parâmetros
O que mata é quando te vêem como reflexo de alguém
O que mata é quando te vêem imagem de alguém
Isso gera expectativas
Expectativas geram frustrações
Frustrar-se com algo autêntico
É impedi-lo de se expandir
É matar idéias
É matar a vivacidade da vida e das multiplicidades que ela gera
Eu quero ser eu sem condições
Quero expandir o ser que há em mim
Quero descobrir as possibilidades de ser
Então olhe pra mim e não veja nada
Olhe pra mim e anule idéias e conceitos
Olhe pra mim e me veja como um campo seco que floresceu e frutificou
E tente colher meus frutos como se fosse algo inexistente em qualquer outro campo da face da terra.
Saboreie-me.
Desfrute-me.
E se depois disso mesmo assim não aprovar
Apenas me permita alimentar outras pessoas.

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-