Páginas

sábado, 28 de fevereiro de 2009

LAR DOS ESCRIVÓLATRAS



Essa é a cara do meu novo lar: LAR DOS ESCRIVÓLATRAS. Será um lugar a mais que terei pra escrever, compartilhado com mais 6 bloggeiros. Diferente daqui, não pretendo levar poesias minhas, deixarei elas para o cantinho de cá. Quero tentar algo diferente, mesmo sem saber ao certo o que, mas é na tentativa e se arriscando que eu e vocês verão o produto disso. Espero a visita de todos. Meu dia de postagem são aos sábados, mas não impede de aparecerem nos outros dias e prestigiarem os outros escrivólatras que escrevem de um jeito tocante e lindamente.
Espero que todos gostem.
Beijos as todos!
P.P.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

DE UMA CONFIANÇA EM CACOS

Engraçado como o que me fala soa como palavras vazias
Fazem eco no vale sem fundo que você criou entre nós
Nossos laços estão ocos e sem liga
Não há força nem calor
Minha confiança se espatifou no chão
Hoje restam só cacos perdidos
Se conseguir achá-los pode até tê-la de volta
Quem sabe te faça um mapa dos últimos lugares por onde andei
É um bom começo pra se procurar.

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-

domingo, 22 de fevereiro de 2009

DO TIPO DE AMOR QUE NÃO QUERO MAIS


Minha carência não pode ser suprimida por objetos de prazer
Não quero jogos sexuais de uma noite e nada mais
Quero mais que toque
Quero mais que beijo
Quero mais sempre
E eu sempre vou querer além do que você pode me dar
Ofereceu-me prazeres e amores
Deu-me o gosto do pecado e senti em mim a fervura da paixão
Mas quero mais que paixões fulgazes e indolores
Quero sentir meu coração queimando
Pura ardência dos sentimentos
Quero frio na barriga
Quero calor de abraços
Com pretensões além de uma noite
Quero ter um rosto onipresente na minha vida
Cansei de amores de carnaval

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

SOBRE VERSOS

Gosto de versos simples e sem rodeios
Minha ânsia por algo claro e preciso é demais
Já basta os devaneios e passeios da minha mente
Ao menos dos outros eu quero o meu oposto
Mas é impressionante como sempre me deparo com os meus semelhantes
Mesmo no meu oposto tem um pouco de mim
Negando a mim mesmo é de mim que reflete a oposição
O oposto de mim também sou eu
O verso de mim
O verso que procuro
Seja o verso numa poesia
Seja o verso do que sou
No avesso do que fui... ou não

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-

Obrigada


Recebi o selo do Dallas Diego do blog Escritos ao Acaso.
Muito Obrigada pelo carinho e pela lembrança meu querido!
Beijos e carinho a todos
P.P.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

DAS POSSIBILIDADES


Se o mar acalmar e a correnteza parar de me levar
Se a chuva passar e as barragens pararem de cair entre a nossa estrada
Se amanhã o sol resolver iluminar o meu dia
Se a ponte que me leva até você não se partir
Se os deuses conspirarem ao nosso favor
Quem sabe assim a gente um dia volte
Porque no momento presente, não vejo espaço para o nós além daqueles que atamos.

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SOBRE MINHA ESCRITA [2]

Não tenho obrigações com o tempo. Escrevo o que me acontece e o que me faltou acontecer. Escrevo como gostaria que tivesse sido. Coloco vírgulas e pontos onde bem entendo. Volto ao passado e no instante seguinte já estou em meu futuro. Não tenho compromisso com a verdade. Não faço jornalismo. Não relato fatos. Minha única obrigação diz respeito aos meus sentimentos.

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Afetos Fragmentados


A poesia prevalece!!!
O primeiro senso é a fuga.
Bom...
Na verdade é o medo.
Daí então a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude
uma alteridade disfarçada...
Inquilina de todos nossos riscos...
A juventude plena e sem planos... se esvai
O parto ocorre. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias
Flagelo-me
Exponho cicatrizes
E acordo os meus, com muito mais cuidado.
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia não passar,
“O ser vil que passou pra servir...
Pra discernir...”
Pra pontuar o tom.
Movimento, som
Toda terra que devo doar!
Todo voto que devo parir
Não dever ao devir
Não deixar escoar a dor!
Nunca deixar de ouvir...
com outros olhos!

(Amadurescência – Fernando Anitelli)

Obrigada


Recebi esse presentinho do Blog Retrato e gostaria de compartilhar com vocês queridos companheiros que vem aqui me prestigiar e sempre me deixam palavras de carinho, afeto e incentivo. As Regras são essas:
- Exiba a imagem do selo;
- Poste o link do blog que te indicou;
- Indique 10 blogs de sua preferência;
- Avise seus indicados;
- Publique as regras.
Eu indico todos os blogs que estão nos meus favoritos, pois acredito que todos são merecedores.
Beijos e carinho a todos!
P.P.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Afetos Fragmentados


POETISA
Tenho. Mias do que você sabe. Mas não encontro. Mergulho no fundo do que sinto, fico fascinada e só cato bobagem. É como eu sonho. Aliás sou como todo mundo. Dentro de mim há coisas inacreditáveis que me dão uma plenitude que não existe aqui fora. E quando acordo não sobra nada. Se tento recordar, só lembro bobagem. Acho que esta percepção é minha contribuição original. Por dentro eu sou maravilhosa. O que consigo expor a mim mesma é medíocre como... como um concretismo. E o pior é que eu sei disso.

PSICANALISTA
O que você faz é bom.

POETISA
E se for? Basta? Ser bom é pouco.

PSICANALISTA
Você é muito boa.

POETISA
Ainda é pouco. Eu não me contento comigo mesma.

PSICANALISTA
(Lê atentamente o que ela lhe deu.) Isto é... muito bom.

POETISA
Não dá. Minha ambição me sufoca. Eu conheço o extraordinário. (Sai repentinamente)

(Livro “Kaos” de Millôr Fernandes – págs.: 48 e 49, Letreiro ANGÚSTIA)