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segunda-feira, 24 de maio de 2010

DE QUANDO SANGRO

Me pediram pra eu me calar e me ouvir.
Chega de me calar
Quero me ouvir gritando rasgando meus lábios de tanto abrir e proferir sentimentos
Quero sangrar e se for pra sentir que seja nas profundezas.
Que sejam retiradas de mim lascas de meu ser em movimentos alternados Ora lentamente
Ora com vigor
Quero sentir-me
Que corpo é esse?
Que ser é esse?
Que dor é essa que permanece por causas diferentes?
Então é a causa ou a dor o problema?
Será que as causas não tem me tapado os sentidos?
E essa dor? O que carrega?
O que quero dizer a mim que só me digo por dormências.
Dorme menina. Dorme.
Quem sabe em teus sonhos encontre as respostas pras tuas dores?
Não...
Quero sentir minhas dores acordada e de pé.
Andar sangrando
Marcar meu passo
Machucou
Doeu
Mas sigo firme de pé.

5 comentários:

(marta silva) disse...

ah..eh por essas e outras que adoro quando me dizem que sou passional.


;*

D. Q. M. disse...

Se um dia exigirem que eu explique minha filosofia, diria que ela se esforça em torno desta pergunta:

"Quero sentir-me
Que corpo é esse?"

Agradeço à teu corpo, que escreve interessantíssimos textos. bjus!

Mell Renault disse...

Sangrar exige que seja assim, de qualquer forma bem do fundo, não cabe a pele, a superfície.

Quando sangro, também dilato, e acabo ocupando e descobrindo maiores espaços....

Um carinho...

Mell

Priscila Rôde disse...

Nada superficial. Tudo muito profundo! Gosto disso!

Tamára Roots disse...

Que linda profundidade.
Tb quero rasgar-me, sangrar.. mas ainda não consigo.