Páginas

quinta-feira, 2 de junho de 2011

DE PARTIDAS



E assim foi o dia em que ela resolveu seguir. E pela primeira vez foi a moça que partiu, os outros que ficaram. Todos os outros ficaram e ela se foi. Abriu a janela da sala e pulou deixando apenas uma carta de despedida. E levou tudo com ela, como quem leva um tesouro escondido. Era estranha a sensação de partir, de deixar pra trás, de seguir. Ela sabia muito bem como era estar do lado oposto e o quão doloroso era. Mas essa sensação de partir. Essa sensação do novo. Isso era mais do que ela poderia explicar. Ela estava aprendendo a dar seus primeiros vôos. Sozinha. Aprendendo tudo sozinha. Do jeito que ela bem sabia fazer. Ia nos campos mais distantes treinar seus vôos que era pra ninguém a ver cair. Ela não era dada a erros públicos.

Um comentário:

bells disse...

Adorei teu blgo, sigo aqui, parabéns.
xoxo.