Então se perder faz parte das etapas concluídas, mais do que se achar. Quando se termina algo, a busca por outros caminhos muitas vezes nos obriga a se desmanchar. Isso, quando não ficamos em pausa. Estatelados. À espera do furacão que desorganize. Pois quando a gente não faz o furacão uma hora ele chega. Pode ter certeza. E se ainda assim, no fim dissermos estarmos tão certos e tão precisos. Completos. Ainda assim é um tipo de perdição. Perder-se na certeza pode ser um caminho perigoso, mas ainda assim é um caminho. Seja por onde seguirmos rumo à desordem. Seja onde formos pra buscar o que não se alcança. Que possamos aprender a partir e a se partir.
Devaneios e Afetos de um ser que borbulha
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domingo, 4 de março de 2012
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
DE ESCORRER
E essa tristeza que não para de escorrer
Escorre moça
Não corre com as dores que elas sempre voltam pra te buscar
Tem coisas que são assim, nem se tiver que ser será
E não adianta correr
Então assim meio sem pressa
Nesses seus tempos de espera
Deixa correr no teu tempo
Depois se seca, se limpa, sacode tudo
E seja o que não tiver que ser
terça-feira, 6 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
SOBRE TEMPOS DE CHUVA
E uma vontade imensa de entrar nessa chuva. Deitar no asfalto e deixar lavar. Uma vontade doida de me escorrer. Me fazer correnteza e deixar que a água leve o que tem atrapalhado o curso do rio em mim. Deixar que a maré encha. Que limpe tudo que estiver à margem impedindo as flores de ganharem vida. Essa vontade inquietante de ser branca pra recomeçar. Na esperança cruel de não seguir o mesmo curso, não bater nas mesmas pedras e não quebrar os mesmos galhos.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
DA MINHA REDOMA
O que me assusta não é toda a violenta sinceridade com que lancei a você. Não me assusta a intenção aparente. Não me assusta tua reação diante de tudo que lhe disse. Nada que tenha a ver com você me assusta de fato. Todos os fantasmas que me assombram estão em mim. E vejo que não aprendi a me respeitar. No fundo acho que a falta de arrependimento condiz com minhas intenções disfarçadas. O tiro foi bem certeiro. Eu não queria nada disso. Eu não queria possibilidades. Sou eu, de novo, fazendo questão de afastar tudo aquilo que chega perto demais.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
DO QUE ME GUIA
Eu tinha essa mania errada de querer fazer o certo. E sempre era o certo do outro. O que o outro queria ou o que eu achava que o outro queria. Eu fui aprendendo a lidar com isso. A dizer mais sim pra mim. Mas ainda tem algumas coisas, em algumas circunstâncias que eu ainda escorrego. Eu gravo bem o que você me diz e ás vezes se torna quase irresistível não andar conforme teu roteiro, seguindo as frases itálicas entre colchetes do diretor.
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