Levo as coisas muito bem do começo ao meio. Pois é, daí eu empaco, pulo, sorteio, passo a vez. Eu não quero ver o final de nada. Eu não consigo ver o fim de nada. Restos. Vestígios. Migalhas. Só vejo sobras para todos os lados. Pedacinhos de mim que se esfarelam e se perdem. Eu não sei achar o que me falta e quanto mais procuro mais perco coisas. Essas palavras “não sei” tem me incomodado enfaticamente. Como assim desconheço sobre mim? Como assim não sei o que me leva, motiva, impulsiona? Como assim não sei de mim? E do que faço... Do que quero... Do que não quero mais... O que eu não quero mais? Vivo as mesmas coisas como se tivesse uma obrigação de ainda vivê-las. Não sinto nada parte de algo que construí sem pressões e objetivos alheios. O que EU fiz de mim? Parece que deixei que mexessem na minha roupa lavada, usassem, abusassem e agora suja cheia de buracos eu as pego de volta. E o que é realmente meu nelas? Se é que um dia foram minhas já que nunca as usei de fato. O que eu vesti durante o tempo que pegaram minhas roupas emprestadas? O que eu fiz de mim? Ecos do “não sei” respondem por mim. Eu já não respondo nada. E quando foi mesmo que eu respondi?
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
7 comentários:
Então...
Sinto como se estivesse vivendo algo que não quer viver, que sente uma vontade de impulsionar a sua vida de uma forma que te faça sentir entusiasmo. Conheço bem esses sentimentos! Vc não precisa responder a nada, basta apenas "ser"...
Bjosss!!!
Determinados textos que você escreve lembra alguns sentimentos que tenho em mim.
Bjs!
Leva as coisas muito bem do início ao meio, mas levou o texto muito bem até o fim =D
Gostei muito do seu texto. Vou voltar sempre por aqui. Parabéns.
eu ja nem sei em que espelho ficou minha face...
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Quantas dúvidas, menina poetisa. Algumas que existem. Outras que você cria. Todas maravilhosamente humanas. Beijão!
E há mesmo perguntas q dispensam respostas...
Beijão...
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