Vi espaços vazios e papéis em branco amassados ao lado da cabeceira. Olhei ao redor e o silêncio imperava não só em meu espírito, mas no que me cerca e me prende. Os ruídos da goteira do ar condicionado que a mais de um mês está para ser concertado é o único tipo de barulho que ouço quando vou me deitar. Pensamento? Já nem sei o que são há tempos, pois me deito tão embebedada de cansaço que se quer me dou o direito de alguns minutos de devaneio antes do repouso noturno. E fujo mais uma vez. Deixo o silêncio. Trago a dúvida alada. Vários apêndices em mim que insistem em ficar fora. De fora. Para fora. Dentro? Só o vazio do ar que me falta e do qual sempre me contento. Não busco mais. Não busco nada. E me escondo mais uma vez.
Foto: Gaena da Sylva
4 comentários:
Interessante.
Não consigo deixar o silêncio quando me escondo.
Amei tudo aqui! Lindos textos, lindas imagens... Parabéns ;)
Talvez não precise buscar. Talvez precise deixar as coisas virem!
bjos!
gostei do blog! texto muito bom também, um tanto poético. voltarei mais também!
beijo
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