Eu não consigo sair de mim. Tento exercitar outras formas na escrita e todas as outras parecem mesmas. Sinto então o peso de todas essas formas que carrego. De todas as linhas que traço por cima da fôrma tão bem desenhada pra mim. Eu sou eterna repetição a espera de um traço novo que sei que não virá. Riscas. Rabiscos. É sempre risco que não deixo correr. Firmo bem o traço na precisão imprecisa de se fazer. Não sei se quero o produto, mas prevê-lo é o que me traz conforto em ir até o fim. Todo o risco que corre o risco de escorregar, eu risco. Desmancho. Apago. Ou simplesmente deixo por terminar. Por tudo isso que eu sinto uma constante necessidade do que rasga. Daquilo que nos atravessa e não tem como apagar ou deixar por terminar. Eu anseio o que se mistura e não deixa saída a não ser fazer parte. Se fazer contaminar. É uma estranha necessidade por tudo aquilo que dilacera, atropela e trucida. Te faz corpo inteiro mesmo aos pedaços.
4 comentários:
Nossa Flor!!! Texto lindo!!! Intenso!!!
Adorei!!!
Beijos
é também de intensidade e essas mesmas e tão tuas, loucas fugas rabiscadas num papel que me identifico plenamente. (E não estou sendo exagerado, apesar de ser uma pessoa de excessos!)Sinto a palavra como se ela, de uma forma ou de outra, fosse micro pedaços de mim. Parabéns pelo espaço, é muito sentível e verdadeiro.
:)
Não querendo ser ignorante e estúpido, mas.......
De qual parte de
“Os poemas abaixo foram escritos pela super-loira GIOVANA VALIATI TEIXEIRA (do Anchieta; que foi até citada em Depoimentos do Orkut e Dia Perfeito), chamados “Único” e “Aprendizagens da Vida”. Pois é, eu morria e não sabia que ela escrevia poesia – achei num link que ela colocou no profile dela do Orkut.”, a senhorita não entendeu?
att,
Qilômetros-a-Pé
Adorei!
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