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terça-feira, 30 de junho de 2009
DA FALA ENGASGADA

domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
PURA SENSAÇÃO

sexta-feira, 26 de junho de 2009
TEU GOSTO
quinta-feira, 25 de junho de 2009
DO DESEJO E DO SEXO

Nos roçamos. Nos embolamos. Nos esfregamos. Com gestos perversos arranquei cada botão da tua blusa, com meus dentes. Fui passando minha língua em teu corpo. Sentindo teu gosto. Provando você por inteiro. Deixei também que você provasse do meu mel. Cada gota de mim. Esse foi só o começo pra que nós nos invadíssemos. Penetramos um no outro. Nós dois num banquete completo a gozar. Refeição que repetimos duas, três, quatro vezes naquela noite. Até o dia seguinte acordarmos empazinados de nós e nunca mais conseguirmos nem nos olhar nos olhos. Não sobrou nem um gosto de bom dia.
domingo, 21 de junho de 2009
PEDIDO

Chega de tanta gentileza e palavras finas de etiqueta. Chega de cumprimentos agradáveis e sorrisos de paisagem. Chega de comportamentos respondentes. Chega de tanta compostura. Se hoje não nos resta mais nada. Não cabe a nós qualquer tipo de laços estreitos de relações. Nada. Apenas esse vazio já basta. Chega de tentarmos preencher com o avesso, melhor permitirmos ficar o vácuo. Eu sinceramente prefiro as não palavras e não respostas. Não sorrisos. Não abraços. Não bom dia. Não. Eu prefiro o não. Infelizmente mantenho meu extremismo de me garantir a sua ausência. Há tipos de relações que não suportamos. A nossa já chegou ao meu limite. Eu consigo respirar o mesmo ar que você contanto que não tenhamos que nos dirigir a palavra, nem se quer troca de olhares. Já que das outras vezes você tomou a palavra e eu me calei aceitando sua sentença. Me conceda esse ultimo pedido.
sábado, 20 de junho de 2009
SOBRE MINHA ESCRITA [2]

Nem sei reclamar de mim. Dizer o que de fato quero dizer. Fiquei tentando traçar caminhos de como escreveria hoje. Mas a verdade é que a minha fala não se encaixa nos meus escritos e não tenho conseguido me permitir escrever sem qualquer linearidade ou coerência. Mesmo que a falta dela ainda assim não me impeça de entender algo. Mas penso sempre em como posso escrever sobre algo para que aquele que lê chegue perto de entender aquilo que quero dizer. E talvez aí esteja o meu problema. Eu não tenho que ter pretensões em escrever para agradar ninguém e nem de me fazer entender. Aqui cabe apenas o meu gosto. Do que escrevo cabe a mim saber que parte me toma e do que falo. E se pra você soa bem, ótimo. E se não, ótimo também. Chega de ter pretensões além da escrita. Cansei de tentar agradar a todos.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
Gota d'água
segunda-feira, 15 de junho de 2009
DE QUANDO ME CALO [3]

Tenho preferido não pensar. Não me deixar correr o risco de escorregar nas palavras que vivem a espreita. Sensação estranha essa de ter consciência de viver controlando cada artigo, substantivo, adjetivo, verbo. Procurando o sinônimo menos doloroso pra compor cada frase. Como se fosse capaz de ter o controle de não ferir. As farpas insistentemente escapam de mim. O risco que se corre de se expor tem um preço alto. E se esconder talvez possa causar uma dívida maior ainda do que pagar a prestações suaves. Os juros levam a um montante que explode e arromba. Devasta. Tentando proteger acabamos por causar estragos ainda maiores. Tentando nos esconder acabamos por nos derrapar em nós mesmos. Seres desconhecidos e estranhos. Mas tão nós como nós mesmos. E todo esse discurso é pra dizer que hoje não sei falar de mim. Até sei, mas algo não me deixa escapar. Permaneço assim misteriosa. Dos escritos saem versos que não são nada daquilo que pretendia expor. Pensei que talvez conseguisse extravasar meus pensamentos soltos. Concretizá-los aqui. Mas não. Hoje não. E nem me permitirei frustrar por isso. Me darei o direito de não o fazer. Mas tenho pressa. E toda a calma que demonstro aqui pode passar após o ponto final. Ao menos nesse momento o que escrevo foi fonte tranqüilizadora pros fantasmas que não consigo nomear.
domingo, 14 de junho de 2009
PAPÉIS VENCIDOS

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sábado, 13 de junho de 2009
RETORNOS DESCABIDOS

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
quarta-feira, 10 de junho de 2009
O PORVIR
domingo, 7 de junho de 2009
Afetos Fragmentados

"Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca."
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca."
[Strip-Tease / Martha Medeiros]
quinta-feira, 4 de junho de 2009
BOTANDO O MUNDO PRA FODER
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terça-feira, 2 de junho de 2009
DOS MEUS QUASE, NÃO E TALVEZ

E eu repito e insisto. É porque o talvez não me basta e fica entalado na garganta. Não desce. E eu preciso mais uma vez ir até você e com todos os seus rodeios dizer pra mim que não, esse não é seu jeito. Sim você é um filho da puta. É tô a fim de te xingar hoje. Chega de filosofar com palavras bonitas. Porque a verdade é que a única coisa boa que você me deu são os versos que escrevo pensando em você. Se é que eles são tão bons assim. Talvez eu queira ouvir de fato um claro e sonoro não da sua boca pra dessa vez fazer diferente. Dessa vez parar de insistir com os nãos na minha vida. É encaixar ele em mim e fazer dele um modo de seguir em frente. Mas ficam sempre as coisas por dizer. Terminamos sempre em jogos de complete com uma palavra e reticências. E mesmo dizendo que não gosto eu sempre caio nesses joguinhos.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
segunda-feira, 1 de junho de 2009
SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FALA

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