Engraçado que não foi bem assim que me imaginei começando o ano. E de certa forma não está indo de todo mal. Em alguns pequenos prazeres que havia deixado pra trás tenho conseguido trazer pra mim uma certa paz de que tanto necessito. Cabendo no tempo que carrego já me basta. Ás vezes faço do tempo elástico e chega até a caber mais de 24 horas num só dia. Ou pelo menos cabem muitas coisas além do que poderiam ser feitas em apenas 24 horas. E num relógio longe do meu, com ponteiros que marcam o real, a vida continua a seguir, ao som de badaladas que me fazem acordar pra o que me espera. O que me espera? É isso que venho tentando descobrir, pois a maior parte do tempo só abro os olhos pro que espero. E não vendo nada me dou por cega diante de todo o resto. Eu me pergunto se realmente haverá o resto? E será que ele de fato tem que ser o resto em minha vida? O que será que tenho nomeado por restos. Talvez seja a hora de descobrir e ver todas as dimensões para além daquilo que eu vivi. Talvez isso tudo ainda seja uma forma de esperar. Mas fiz também da minha esperança elástico e alarguei as possibilidades. Quero aprender a esperar o que me espera.
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
DE ESPERAS
Engraçado que não foi bem assim que me imaginei começando o ano. E de certa forma não está indo de todo mal. Em alguns pequenos prazeres que havia deixado pra trás tenho conseguido trazer pra mim uma certa paz de que tanto necessito. Cabendo no tempo que carrego já me basta. Ás vezes faço do tempo elástico e chega até a caber mais de 24 horas num só dia. Ou pelo menos cabem muitas coisas além do que poderiam ser feitas em apenas 24 horas. E num relógio longe do meu, com ponteiros que marcam o real, a vida continua a seguir, ao som de badaladas que me fazem acordar pra o que me espera. O que me espera? É isso que venho tentando descobrir, pois a maior parte do tempo só abro os olhos pro que espero. E não vendo nada me dou por cega diante de todo o resto. Eu me pergunto se realmente haverá o resto? E será que ele de fato tem que ser o resto em minha vida? O que será que tenho nomeado por restos. Talvez seja a hora de descobrir e ver todas as dimensões para além daquilo que eu vivi. Talvez isso tudo ainda seja uma forma de esperar. Mas fiz também da minha esperança elástico e alarguei as possibilidades. Quero aprender a esperar o que me espera.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
DE VELHOS HÁBITOS
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
DO MEU TEMPO
“(...) era o meu jeito de fingir que estava me tratando, talvez, quando estava apenas me atordoando.” (Caio Fernando Abreu)
Nem sei se é mais fácil viver nesse obscuro de mim. Nem se é menos doloroso. Me resguardando em desculpas de pensar em mim e o que tenho mais feito é ficar alheia. Vendo as horas passar. Sento em frente ao relógio de ponteiros da minha sala de estar. Como em transe, atordoada, ou quase imune, talvez, fico a ver os ponteiros a passar. Me fixo no das horas, porque demoram mais a se mexer. Talvez seja a identificação da força do meu movimento. Me movo com a força do ponteiro das horas. Só que trazendo pras proporções da vida, é como se meu movimento fosse ser inerte. Como se todo o resto passasse, fosse, e eu ali a pequenos passos. Fico no lugar das passagens. Recebo bem os milésimos, centésimos, segundos, minutos.... me preencho bem deles até estourar em outra hora e repetir tudo de novo. É só uma questão de tempo.
sábado, 15 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Versos Fragmentados
(Tati Bernardi)