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terça-feira, 6 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SOBRE TEMPOS DE CHUVA


E uma vontade imensa de entrar nessa chuva. Deitar no asfalto e deixar lavar. Uma vontade doida de me escorrer. Me fazer correnteza e deixar que a água leve o que tem atrapalhado o curso do rio em mim. Deixar que a maré encha. Que limpe tudo que estiver à margem impedindo as flores de ganharem vida. Essa vontade inquietante de ser branca pra recomeçar. Na esperança cruel de não seguir o mesmo curso, não bater nas mesmas pedras e não quebrar os mesmos galhos.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

DA MINHA REDOMA

O que me assusta não é toda a violenta sinceridade com que lancei a você. Não me assusta a intenção aparente. Não me assusta tua reação diante de tudo que lhe disse. Nada que tenha a ver com você me assusta de fato. Todos os fantasmas que me assombram estão em mim. E vejo que não aprendi a me respeitar. No fundo acho que a falta de arrependimento condiz com minhas intenções disfarçadas. O tiro foi bem certeiro. Eu não queria nada disso. Eu não queria possibilidades. Sou eu, de novo, fazendo questão de afastar tudo aquilo que chega perto demais.