Hoje eu sabia. Não era real. Nunca havia sido. Não sei como me deixei enganar. Não se culpe. Não te culpo. Hoje eu sei que se eu acreditei no que você me disse foi muito mais por mim. Não foi você. Eu queria acreditar.
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segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
COISAS QUE DEIXO PELO CAMINHO
(Caio Fernando Abreu)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
DE UMA ENTREGA
terça-feira, 25 de maio de 2010
SOBRE FERIDAS
É pra lembrar a cada dia da ferida que você mesma fez a si.
Se não tem esparadrapo que tampe e estanque, deixa exposto
Deixa entrar ar. Deixa respirar. Com tempo as feridas se fecham.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
DE QUANDO SANGRO
Chega de me calar
Quero me ouvir gritando rasgando meus lábios de tanto abrir e proferir sentimentos
Quero sangrar e se for pra sentir que seja nas profundezas.
Que sejam retiradas de mim lascas de meu ser em movimentos alternados Ora lentamente
Ora com vigor
Quero sentir-me
Que corpo é esse?
Que ser é esse?
Que dor é essa que permanece por causas diferentes?
Então é a causa ou a dor o problema?
Será que as causas não tem me tapado os sentidos?
E essa dor? O que carrega?
O que quero dizer a mim que só me digo por dormências.
Dorme menina. Dorme.
Quem sabe em teus sonhos encontre as respostas pras tuas dores?
Não...
Quero sentir minhas dores acordada e de pé.
Andar sangrando
Marcar meu passo
Machucou
Doeu
Mas sigo firme de pé.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
ME OUÇA
E veja se consegue me sentir dentro dele.
E qualquer resquício meu
Vivo ou morto
Cuida-te bem dele
Porque eu ainda sinto tudo que você o faz
Meus gemidos acompanham tua respiração.
sábado, 15 de maio de 2010
DESSA NOSSA RELAÇÃO SEM NOME
Então eu te disse que o que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exata. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.
(Caio Fernando Abreu)
quinta-feira, 13 de maio de 2010
DESSE NOSSO AMOR DE PASSAGEM
quarta-feira, 12 de maio de 2010
VENTO BOM
segunda-feira, 10 de maio de 2010
DE QUANDO PRECISO DE VOCÊ
É como se houvesse uma força que me puxasse e me levasse ao teu encontro. Vou até você tremendo. Cada vez mais perto mais meu corpo flutua em terremoto. Uma onda que mais parece um Tsunami. E teus olhos pequenos lá embaixo me vendo. Assustado como se eu fosse demais pra você. Como se tudo isso fosse demais pra você. Parece que mais uma vez te sufoco.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
SOBRE NOSSO JOGO
segunda-feira, 3 de maio de 2010
UM CONTO DE UM ENCONTRO (PARTE 2)
Foi em um janeiro que eles voltaram a se encontrar. Ali sentados naquele café de uma esquina francesa qualquer, puderam praticar suas línguas conterrâneas. Puderam compartilhar causos e acasos de suas vidas. Perguntaram de si como se investigassem suas próprias vidas. Mas nada ali foi intimidador. Parecia que se conheciam ha anos. Conversavam como dois amigos de longa data com uma intimidade e afinidade conquistadas ali, no agora, na relação. Carolina lembrou da passagem que tiveram. A primeira vez que se viram. Pedro disse que se lembra bem. Porque ficou com aquele rosto em sua cabeça durante todo esse tempo que se passou. Também teve vontade de pará-la, mas deixou ir, pois aquele era seu ultimo dia no Brasil e sua vida estava complicada demais pra arranjar mais dores pra sua partida. Carolina assim entendeu porque nunca mais Pedro havia passado naquele lugar durante todos os dias que ela esperou por ele. É claro que ela ainda não falou com ele sobre sua espera. Parecia ainda não ser o momento, a hora certa. Carolina guardava ainda segredos pra si, principalmente aqueles que pudessem deixar aquele encontro com sabor de pesar. Decidiu apenas aproveitar, sentir aquilo como se fosse um ultimo suspiro. Depois do café, andaram pelas ruas conversando e rindo. Olhar para a paisagem era casual, quase um charme da relação. Esqueceram de seus compromissos e o tempo que tinham fora dali, daquele encontro. Dividiram-se trocando partes de si. Já de madrugada, depois de passarem o dia todo juntos apenas conversando, Pedro levou Carolina até seu hotel. Carolina enquanto caminhavam ficava se perguntando se pedia pra ele subir ou não. Quando chegaram, não fez o convite, ele apenas deu o endereço de sua casa e seu telefone. Ela pegou o bilhete dobrado e guardou no bolso, sem trocar seu telefone com ele. Ele ficou apenas com aquele sorriso encantador no rosto esperando retribuição. Não houve e ele não pediu também. Ele sabia onde procurá-la se quizesse. Num abraço apertado se despediram com um beijo leve e demorado no canto dos lábios. Ela subiu até seu quarto no 7º andar e olhando o relógio viu já estar atrasada. Eram 02:37. Seu vôo para o Brasil sairia ás 03:15. Pegou suas malas e chamou um taxi para o aeroporto.