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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

DOS MEUS VAZIOS E ESCONDERIJOS

Vi espaços vazios e papéis em branco amassados ao lado da cabeceira. Olhei ao redor e o silêncio imperava não só em meu espírito, mas no que me cerca e me prende. Os ruídos da goteira do ar condicionado que a mais de um mês está para ser concertado é o único tipo de barulho que ouço quando vou me deitar. Pensamento? Já nem sei o que são há tempos, pois me deito tão embebedada de cansaço que se quer me dou o direito de alguns minutos de devaneio antes do repouso noturno. E fujo mais uma vez. Deixo o silêncio. Trago a dúvida alada. Vários apêndices em mim que insistem em ficar fora. De fora. Para fora. Dentro? Só o vazio do ar que me falta e do qual sempre me contento. Não busco mais. Não busco nada. E me escondo mais uma vez.


Foto: Gaena da Sylva

4 comentários:

Priscila Rôde disse...

Interessante.
Não consigo deixar o silêncio quando me escondo.

Dani disse...

Amei tudo aqui! Lindos textos, lindas imagens... Parabéns ;)

Su disse...

Talvez não precise buscar. Talvez precise deixar as coisas virem!

bjos!

Hugo Simões disse...

gostei do blog! texto muito bom também, um tanto poético. voltarei mais também!
beijo