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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

DO LUGAR QUE OCUPO


Me coloco sempre nesse mesmo lugar
No meio
Entre nada e coisa nenhuma
Fico sempre ali impedindo o trânsito
Mesmo que seja de facas atravessadas
Permaneço no meio
E acredito estar impedindo de fato turbulências
Sou alçada fácil para aqueles que querem fugir de suas responsabilidades
As tomo pra mim com tanta rapidez
Que só me pesa
Me pesa
Um peso que vem não por me colocar no meio
Mas por ser local de depósitos
Depositam em mim os lixos que eu tento repassar reciclados
E as farpas e marcas só ficam em mim
Será?
Pois os olhares atravessadas e frases não ditas continuam ali
E eu no meio
Bem no meio.

5 comentários:

Paulinho Cajé disse...

E a gente tem mania de achar que essas coisas só acontece com a gente, eu passo por situações assim, seeempre!



Se cuidaa!


Beijão!!

Camila disse...

coisas loucas da vida !

O que elas estao lendo!? disse...

Passando para avisar que o sorteio do livro saiu.

Passe por lá para saber.

Abracos

disse...

Como se pudesse segurar os fios do mundo...

clarice ge disse...

isto me parece a busca do equilíbrio.
quem disse que ser equilibrado é fácil?