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sexta-feira, 18 de março de 2011

DE COMO ME LÊ


Eu tenho esse jeito assim de quem caminha solto. Que por onde vai fica com as mãos pro alto balançando. Não seguro nada pelo caminho. As coisas, pessoas, lugares, vão tocando e impregnando meu corpo pelo ar. E eu com as mãos pro alto balançando. Você que vê me lê solta, desapegada, sem dono. Você me lê com tuas carências entendendo que eu sou mais uma que vai fazer a falta em teu peito latejar. Sem entender. Sem conseguir ver as carências em comum que temos. Que talvez meus braços ao alto, mostrem a minha rendição diante de todos, diante de você. A carência exposta em mim. Que virou muralha, confesso. Mas porque a gente tem que ler o outro com olhares de proteção a nós mesmos?

2 comentários:

Mell Renault disse...

Oi menina!!!

Sou suspeitíssima por elogiar aqui, amo seu blogue, sua fala, seu desassossego!!!

Saudade de sua passagem por lá!

te adoro demais!
Um carinho meu,
Mell

Amanda Machado disse...

Você escreveu o que eu venho sentindo e não posso falar. (:
Resolvi que vou falar. Parabéns!