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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DE QUANDO SENTI


As palavras ficam percorrendo meu corpo causando dormência em cada músculo e quando parei de pensar é que senti. Senti cada pulsação. Senti cada respirar. Senti cada vibração de cada molécula existente. Foi quando tive dimensão do que sou. De como tudo isso que me constitui causa ressonância com aquilo que é do outro. Talvez seja só o meu transbordar que se mistura com o trasbordar do outro. E nesse entre promove uma outra coisa que habita vários em um. Da ordem de um encontro que não se comunica na linguagem. Encrava a carne. Permanece no corpo.

3 comentários:

Darlan disse...

Isso deu até alguma coisa aqui, um despertar físico, estômago em calafrios. Ótimo!

Beijos, guria!

D. Q. M. disse...

Totalmente anti-Descartes, o filósofo que só pensava e não sentia nada. Ele não sabia o que você sabe, pior pra ele. rsrs...

Bjus!

Tássio Ventorin disse...

é impossível delimitar o que somos e o que são os outros. tal incapacidade não é uma coisa ruim pois ela nos permite conectar-se com os outros. é preciso não sabermos quem somos para nos conectar com os outros. se abrir as intensidades...