Páginas

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DOS MEUS LIMITES E FORMAS


Buscando respeitar meu não. Todo aquele limite que me cerca e me faz dizer “aqui não, aqui não quero estar”. E dando passos curtos. Reconhecendo territórios. Querendo acreditar que há outros possíveis em meu entorno. Eu preciso deixar meu olhar encontrar coisas outras que hoje eu ainda não consigo ver. Eu quero acreditar nesses outros possíveis pra mim. De todos esses caminhos prontos que vivi... deixar passar. Trazer deles a experiência na carne do que foi, é, será, mas como processo mutante. Como vida em transformação. Em mim, mas já de maneira outra que eu permiti ser. Deixando o novo tomar conta. Pois, é-se sendo. A cada instante num outramento de si. As formas que atualizo de mim é fundamentalmente responsabilidade minha. E tornar-me consciente disso a cada instante tem sido um exercício cruel com a minha consciência que anda cada vez mais pesada diante de toda minha imobilidade.





"Sei todos os ângulos de ir, mas vivo no lugar de quem fica."
(Tati Bernardi)

2 comentários:

Priscila Rôde disse...

Respeite o limite, até quando for possível...

"Sei todos os ângulos de ir, mas vivo no lugar de quem fica."
(Tati Bernardi)

Gostei disso!

Tássio Ventorin disse...

“acreditar nesses outros possíveis pra mim”. é acreditar na possibilidade de criação de outros mundos. As transformações que se operam em nós inevitavelmente não se dão no nível individual, mas no nível coletivo: são agenciamentos coletivos. Não existe mais o “eu”.
Gostei do texto Gigi

beijos