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sexta-feira, 16 de abril de 2010

DE NOSSAS MARCAS ENCRAVADAS

Então sei lá... Foi no teu corpo que pela ultima vez compartilhei meus vestígios. Nos trocamos em cada fissura de nossos corpos até nos invadirmos pelos poros e no fim da noite acabamos por exalar o outro. Marcamos nosso corpo como o senhor de engenho marca teu gado. Nossas digitais trocadas fazendo perder a identidade em território alheio. Então me desfiz quando te deixei. Mudei de nome, endereço, cortei o cabelo, abandonei amigos, deixei pra trás tudo aquilo que pudesse trazer você em lembrança de volta pra mim. Mas tua pele estava encravada no meu corpo e nenhuma mudança que eu fizesse seria o bastante pra te desencravar de mim.

Um comentário:

Fabio Rocha disse...

Também entendo você. Beijos cariocas