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sábado, 9 de maio de 2009

NÓS

Penso na lembrança vaga que tenho de você. De suas características e o que fez eu me apaixonar. Pouca coisa restou em mim sobre justificativas e porquês. Tenho mais a sensação que me causaste, claro que a intensidade do momento já não é o mesmo. Mas ainda sinto minha carne rasgada por dentro e a ardência das feridas ainda abertas que insistem em não cicatrizar. Mas sinceramente eu não sei o porquê delas ainda restarem em mim. Eu nem sei mais contar a história de nós dois. Se é que posso chamar de nós. Ou porque não? Atei nós com nós impossíveis de desatar. Mas estes estão presos só em mim. É que achei que em mim fosse o bastante pra segurar nós dois e veja só... o seu nó se soltou, enquanto os meus ainda estão aqui e sozinhos. E tenho sim esse nó na garganta do tipo de comida que se come até entupir e entala. Daquele choro reprimido que depois de tantas noites cansei de deixar rolar, preferi engolir. Tenho um nó também no peito juntando os pedaços despedaçados daquilo que restou do que um dia chamei de coração. E tenho tanto medo de que esse nó se desfaça que não deixo ninguém chegar perto o bastante. Eu poderia fazer desse nó corrente, mas não do tipo que aprisiona e sim do tipo que unifica. Mas ninguém quis juntar seus nós com os meus. Na verdade os que me ofereceram eu não quis. Ora achava que era muito. Ora achava que era pouco. É que eu nunca entendi de medidas.

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-

3 comentários:

D. Q. M. disse...

bem, estou contando com vc para ser uma mortal e nada mais na academia de letras virtuais que tô imaginando. rsrs. entender de medidas tbm nao entendo.
bjus.

Vanessa M. disse...

Amor de amor só é quando vem de DOIS!

Kuriozza disse...

Esses nós acabam amarrando tanto sentimento. Um impedimento atrás do outro e a vida pára de correr.

Bjs!