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sábado, 17 de abril de 2010

DE NOVO













No meio dessa história fico pensando que talvez eu acabe perdendo espaço junto com meu passo.
Não sei se é aparência ou realidade.
Não sei qual confusão me confundiu.
Me sinto frágil como se me quebrasse a cada momento de novo... de novo... de novo...
Mas não vejo nada de novo.
Sempre velhas formas revestidas de novo... de novo... de novo...
E eu sempre tão velha e passada, com palavras já gastas e usadas.
Meu discurso já não cabe em mim.
Invento apenas novos arranjos desarranjados.
Me causam incomodo e ânsia de vômito.
Me falta fome de seguir e procurar mais do que me alimentar.
Sempre de barriga cheia, satisfeita, sentada a espreita.
Esperando de novo... de novo... de novo...
Preciso trocar os sentidos.
Tenho andado ao contrário do avesso que poderia ir ser tido.




"E você continua indo embora, e eu continuo ficando, vendo você levar partes de mim que antes eu nem sentia falta. "
[Tati Bernardi]

2 comentários:

Unknown disse...

Adorei esta parte:
"Sempre velhas formas revestidas de novo... de novo... de novo...
E eu sempre tão velha e passada, com palavras já gastas e usadas.
Meu discurso já não cabe em mim.
Invento apenas novos arranjos desarranjados"

Tentamos disfarças coisas que não cabe mais na gente..

Beijosss

Mell Renault disse...

Moça!!
Tenho te acompanhado muito...ler seus borbulhos é muito bom...
Gosto de como você se entrega...dos excessos, das metades, das metades inteiras e das infinitas formas e reformas que fazes nos sentimentos que transbordam.
Um grande beijo!
Mell