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domingo, 2 de maio de 2010

NOSSO TRIZ

Senti. Menti quando te disse que os sentimentos se esvaem e evaporam feito bolhas de sabão. Porque em mim as coisas fervem. Borbulho sempre num risco de derramar. Mas fica sempre por um triz. Ficamos sempre nesse triz. Nos entre caminhos que nos rodeiam. Quando nos vemos, nossos corpos parecem tremer como se chamassem um pelo corpo do outro. Cada vez mais perto mais sentimos cada célula do nosso corpo se bagunçar, como se nossos corpos buscassem outras formas pra se acoplar. Meu corpo quer fagocitar o seu. Quando nos somos, já somos outros em nós. Tenho procurado ultimamente palavras discretas e em curtas frases te dizer o que meu corpo grita. É como se não precisasse expor em palavras algo que exala de mim em visão, tato, olfato e paladar. Você me alcançar em audição vira mero pretexto.

3 comentários:

D. Q. M. disse...

quem não escutar o grito do eu corpo que se considere surdo, pois é bem alto o volume de sua poesia sensorial.

Não apenas leio. também vejo, cheiro, escuto e degusto suas palvaras.

"A poesia é este alimento sinestésico" (D. Q. M.)

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LARISSA MIRANDA disse...

Fervi esse final de semana, borbulhei, mas em silêncio, só pra mim.
Como sempre, linnnnnnnnndo! Beijos.

Mell Renault disse...

Meu triz anda também por um triz...
Ando fervendo demais,...preciso da paz!!
Lindo texto, moça!
grande beijo!
Mell