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terça-feira, 3 de agosto de 2010

DA MINHA INSANIDADE CONTROLADA


Desse tempo que fiquei sozinha. Calada. Sentindo. Queria escrever e falar sobre. Mas não consigo expressar. Durante esse tempo uma coisa ficou clara pra mim. Até a minha insanidade eu tento controlar. Tem hora e local pra começar e terminar. Eu controlo e planejo meus momentos de surto. Se ao menos a minha loucura fosse verdadeira.





"Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.

Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim..."

(Álvaro de Campos)

4 comentários:

Naia Mello disse...

É a linha invisível entre a loucura e sanidade.

Darlan disse...

Mulheres dominadoras querem dominar até si mesmas? rs

Anônimo disse...

No final todas as loucuras que cometemos, as tempestades criadas, dão lugar ao cansaço. precisamos de dias quietinhos, sem tantas palavras vomitadas, só algumas, poucas pra não perder o hábito. porque até o vazio se torna um hábito, aliás, a própria solidão se consome no hábito. Nossas dores são repetitivas.

A grande busca...

abraço.

Anônimo disse...

Capaz que você está prestes a ter um encontro. O melhor encontro de sua vida: um encontro consigo mesma!
Pq para se achar é necessário se perder.

Um beijo :*
muita luz.