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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
SOBRE ARMÁRIOS E SI MESMO

sábado, 27 de dezembro de 2008
PROMESSAS

Prometeu-me o oceano e não me deu mais do que poças de lama após longas tempestades.
Prometeu-me o sol e não me deu se quer uma estrela pra meu mundo brilhar.
Prometeu-me todas as flores do mundo e nem ao menos um botão de rosa recebi.
E eu apenas pedi que me amasse.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Afetos Fragmentados
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
ESCULTURAS DE GELO

Olhares frígidos sem expressão de afetos calorosos
Palavras de conveniência
Comentários inexpressivos
Morte em vida a dois
Uma espécie de contrato inquebrável
Nos parece impossível um adeus
Mesmo que a dor desse adeus seja menos danosa à que sentimos agora
Universo sem graça que criamos pra nós
O costume cristaliza corpos
Pára o mundo
Petrifica o tempo
Nos separar é como se nos quebrássemos em vários cacos
É morrer
Mata-se o que já está morto pra buscar vida
Reunir os cacos e buscar ressurgir
Reiventar-se buscando não o que se foi mas algo de novo
Entender que os cacos não precisam ser colocados nos mesmo lugares
Permitir buracos em busca de completude
Se dar novas formas
Se refazer
Se recriar
Num processo autopoiético
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sábado, 20 de dezembro de 2008
Devaneios Meus

-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
SOBRE QUERERES

sábado, 13 de dezembro de 2008
MULHER FERIDA

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
NADA NÃO...
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Afetos Fragmentados

O universo é negro, sobretudo de noite.
Não tenho eu dores de dentes nem calos, e as outras dores passam.
Com as outras dores fazem-se versos.
Com as que doem, irrita-se.
A constituição íntima da poesia
Ajuda muito...
(Como analgésico serve para as dores da alma, que são fracas...)"
(Álvaro de Campos)
sábado, 6 de dezembro de 2008
DESABAFO
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
PRECE
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
BURACOS
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
FERIDA ABERTA
domingo, 30 de novembro de 2008
ALQUIMIA
Daquele tipo que te pega por trás e sem pedir licença te rouba sua essência e penetra em você. Ficam ali a brincar com suas línguas enrolando uma na outra. Ora eu em você. Ora você em mim. Ora nós dois em nós. Mordidas leves e brutais nos lábios, daquele tipo que te suga até o que te falta. Brigando de espadas com suas línguas úmidas de licor de menta. Fez arder. E já não se sabia se era por conta da menta ou se era o fogo que saia de seus corpos. Ou se foi a própria alquimia dessa mistura quente que os fez entrar em combustão. Toda a pista pegou fogo e só se viu chamas no lugar.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
PASSAGEIRA
terça-feira, 25 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
PEDIDO AO TEMPO
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Parece que tenho perdido a dose, o freio, o medo, o silêncio. Num processo de sentir tudo no qual o que fica é só o vazio do nada sentir. Quando muito se tem nada quer. Eu não quero nada, pois estou farta de tudo... Tudo o que me cerca. Tudo me parece velho e desinteressante. Ando precisando do novo, do desconhecido, do frio na barriga, do contato em carne viva. Consegui me desvencilhar das amarras que me prendiam. Mas mesmo solta não quero a liberdade. Quero me prender em alguém. Quero que alguém se prenda a mim. Mas é tudo tão velho e desinteressante.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
PARTE DO TODO
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
NO ENCONTRO DA ESCRITA

sábado, 11 de outubro de 2008
OUTRO VOCÊ

domingo, 28 de setembro de 2008

Quem nunca quis saber a imagem que passa...
Algo mais do que apenas olhar no espelho toda manhã.
A gente precisa sempre de um algo mais
Seja pra acreditar mais em nós
Seja pra inflar ainda mais o nosso ego
Seja pra nos decepcionarmos diante da imagem vista pelos outros.
Às vezes não sei se passo a imagem certa
Às vezes não sei se tenho sido o que realmente quero ser
É um devir constante que ás vezes me soa falso (que me perdoe os “devirnianos”)
Sei lá sei lá
Eu queria ser mais, sem medo do exagero.
E às vezes até queria ser menos, sem medo da falta.
Queria ser eu sem condições
Sem objeções
Sem opiniões
Queria apenas ser eu sem comparações e parâmetros
O que mata é quando te vêem como reflexo de alguém
O que mata é quando te vêem imagem de alguém
Isso gera expectativas
Expectativas geram frustrações
Frustrar-se com algo autêntico
É impedi-lo de se expandir
É matar idéias
É matar a vivacidade da vida e das multiplicidades que ela gera
Eu quero ser eu sem condições
Quero expandir o ser que há em mim
Quero descobrir as possibilidades de ser
Então olhe pra mim e não veja nada
Olhe pra mim e anule idéias e conceitos
Olhe pra mim e me veja como um campo seco que floresceu e frutificou
E tente colher meus frutos como se fosse algo inexistente em qualquer outro campo da face da terra.
Saboreie-me.
Desfrute-me.
E se depois disso mesmo assim não aprovar
Apenas me permita alimentar outras pessoas.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
AFETO
Quando o afeto te afeta e manifesta um algo sem explicação.
Quando o afeto te afeta e te deixa sem uma direção
Quando o afeto te afeta e não te cabe, você transborda
Quando o afeto te afeta e você quer doá-lo a todos a sua volta
Quando você não espera ser afetado
Quando você não espera por afetos
Quando você não está aberto a afetações
Pois é foi nesse instante do quando que eu me encontrava
Meu presente me/se presentificou com afetos afetáveis
Afetaram a todos e não só a mim
E diante de tanto afeto me vem uma sensação muito boa
É tempo de sincronicidade.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
domingo, 24 de agosto de 2008
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sábado, 23 de agosto de 2008
Afetos Fragmentados

(Livro do Desassossego – Fernando Pessoa)
domingo, 17 de agosto de 2008
MEU INTERIOR

Minha vida anda cheia de pó de tão parada que está. E eu sem vontade de movimentar um móvel pra tirar poeira. Deixa tudo com teia que assim ninguém vem me visitar mesmo... Deixa tudo velho parado onde está que ninguém vai querer mexer ou se aproximar.
Engraçado, né?! E eu reclamando tanto da solidão e nem preparo a casa pra receber visitas... Quem sabe elas voltem mais vezes?!
Eu movimento meu exterior, mas a mim eu não engano... Por dentro anda tudo podre de tão parado de tão velho. Meu mundo é muito escroto que preciso dar cor e vida a ele por fora pra alguém querer falar comigo. Nem eu agüento o marasmo de minha vida. Crio mundos que só eu visitei. Crio histórias que só eu sei de cor. Passo a acreditar em realidades paralelas de tanto recontar e recriar pros outros. Eu tenho uma vida inventada. Assim fica mais fácil de lidar com o fato de não ter história alguma pra se contar. Fujo um pouco da minha realidade. E quem disse que isso é mentira... Se eu pensei, se eu sonhei, quem vai me dizer que não estive lá ou que não aconteceu de verdade? Quantos sonhos nos parece mais real do que nossa própria vida? E quem pode garantir que não foi real? O que é real de fato?
A nossa vida se baseia em nossas percepções e sensações. A gente vê o outro como quer e a si mesmo também. E tem momentos nos quais não dá pra separar o real do imaginário. Os mundos que eu crio eu vivi neles e deles só eu pra dizer o que foi real ou não.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
domingo, 10 de agosto de 2008
CONSTRUÇÃO

Tenho andado des-pensando
Tenho andado des-fazendo
Tenho andado des-andando
Tenho andado tentando não andar no mesmo passo... no mesmo ritmo...
Buscando novas notas... novo compasso... nova melodia
Tenho andado buscando novas maneiras de andar
Tenho... tenho... não como obrigação
Não como algo imposto
Apenas venho buscando me permitir ser
Ser de todas as maneiras possíveis
E no meio disso tudo venho tentando firmar-me
Me auto afirmar perante os demais
Porém me dando a oportunidade de não ser um ser congelado e frio
Um ser que não se permite modelar com os choques da vida
Estou aqui pra ser quebrada e colar os cacos
Quem sabe algo novo e bom vem aí?
Cansei de esconder as feridas
Cansei de sempre estar com tinta fresca e cheia de não me toques
Cansei das constantes reformas mantendo os outros distantes
Entre aí
Venha ver a nova construção
Pode ser que demore a ficar pronta
Pode ser que nem chegue a ficar pronta
Mas se quiser pode fazer parte dela
Coloque seu tijolo também
Cansei de viver rodeada de arame farpado.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
QUANDO ACABA
Onde foi que você deixou seu brilho?
Onde foi que ficaram tuas palavras doces?
Cadê aquele teu sorriso sem graça?
Cadê aquele homem por quem eu me apaixonei?
Pra onde foram as juras de amor?
Pra onde foram promessas de um futuro juntos?
Cadê aquele sussurro bom no meu ouvido?
Cadê aquele abraço que me sufoca de prazer?
Onde foi que meu entusiasmo por você se perdeu?
Onde foi que ficaram minhas conversas em tons de romance?
Cadê o brilho nos meus olhos?
Cadê a mulher por quem eu fiz você se apaixonar?
Pra onde foram minhas saudades de você depois de um dia longe um do outro?
Pra onde foram minhas vontades de fazer algo por você?
Cadê minha mão segurando a tua?
Cadê meu corpo procurando o teu?
Eu não tenho respostas pras mudanças que a vida traz
Você não tem respostas pras escolhas que você fez
Eu já não sei o que sinto por você
Você já não sabe o que sente por mim
Eu não quero me sentir obrigada a lhe doar sentimentos
Você não quer obrigar-se por mim
O nosso amor se transformou em obrigação de favores
E desde quando amor se faz favor e obrigação?
Façamos favores individuais então
Reconheçamos que acabou
Sem muitas cerimônias
Amei! Foi bom! Adeus!
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Afetos Fragmentados

(Hilda Hilst)
domingo, 3 de agosto de 2008

Eu gosto do quebrado
Eu gosto é de confusão
Eu gosto do amargo
Eu gosto do errado
Eu gosto é de explosão
Eu gosto do impróprio
Eu gosto do insano
Eu gosto é de rebelião
Eu gosto do incerto
Eu gosto do perverso
Eu gosto é de provocação
Eu gosto do antigo
Eu gosto do punido
Eu gosto é de inadequação
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
quinta-feira, 31 de julho de 2008
VEM FAZER PARTE DO MEU MUNDO NU

Tira sua bermuda
Tira tudo e deita aqui
Você não precisa de vestes pra estar comigo
Não quero tua roupa
Não quero aquilo que te cobre e me impede de te ver
Dispa-se
Desvista-se
E fica comigo
Vem fazer parte do meu mundo nu
Vem ser você e nada mais
E eu me mostro a ti por inteira
Mostro o que tenho de melhor e mais perverso
Vem que prometo te fazer feliz
Sem vestes, sem panos, sem máscaras...
Deixe-se levar ao menos uma vez
Porque eu quero ficar nua
Eu quero estar nua
Pra você
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
terça-feira, 29 de julho de 2008
Porque eu mudo... Não me firmo em nada

Eu peco no extravasar-me
Eu peco no mistério
Peco no querer ser-me sem objeções
Peco no resguarda-me receosa por condenações
Peco
Sou pecadora
E não há como agradar aos demais
E nem a mim tenho conseguido agradar
Me arrependo de cada coisa
Mesmo que na hora o ato tenha sido por vontade
No instante seguinte minhas vontades mudam
Eu não me firmo em nada
Não me firmo nem em sentimentos
As palavras se esvaem
As vontades ecoam como passado a partir da palavra proferida
É tudo pretérito
Tudo passa
O que fica é o que devia ter sido
Mesmo assim sei que se o oposto tivesse sido feito
Do oposto também me arrependeria
Porque eu mudo
Porque não tenho raízes em lugar algum
Porque as afirmações me deixam extasiadas
Não quero o sempre
Não quero o certo
Ou talvez a própria negação deles já seja um querer deles em si
Pois é...
A verdade é que eu não sei
É bem provável que ao terminar de escrever
Ache tudo o que escrevi besteira
E não condirá com meus sentimentos pós-escrita
É porque eu mudo
Eu não me firmo em nada
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sábado, 26 de julho de 2008
Afetos Fragmentados
quinta-feira, 24 de julho de 2008

Esquece-te que posso acreditar no tom da brincadeira
Esquece-te que posso inverter sentimentos
Converter propósitos
Desvirtuar caminhos
E ao invés de brincar...
Porque não me pega de jeito e me tira o ar?
Me sufoca com teus beijos
Me envolve em teus abraços
E chega de se esconder em palavras de graça
Por que eu posso não querer-te mais.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
terça-feira, 22 de julho de 2008

Nessas horas que nada sai como planejado
Eu fico a me perguntar, porque será que vim ao mundo?
Quais meus planos? Caminhos? Destino?
E será que existe algo certo pra mim?
Será que existe essa coisa de destino?
Será que nossas vidas já estão traçadas ao nascermos?
Será que eu sou o que sou e sempre serei?
É que o mutável nessas horas me parece tão inaceitável
E mais inaceitável ainda é imaginar que as coisas são sempre como são
Tenho vivido na mesma constância de sentimentos
E quando pareço mudar de direção, algo no meu ouvido vem e me diz...
Volta pro teu caminho... O que estás a fazer aí?
E mais uma vez sigo a mesma estrada
Uma estrada cheia de entradas e saídas
E eu sempre retilínea
Sempre na mesma rota
Eu queria deixar-me
Me perder de mim mesma
E talvez assim sentir que o que eu estou sendo é na verdade apenas um estado de espírito
Eu apenas estava sendo algo dentro das infinitas possibilidades do que posso ser
E que as pessoas não “são”
Elas “estão”
Acabaria talvez percebendo que a vida não é algo estático
Que nós não somos objetivos
É tudo tão dinâmico
Tudo tão intenso
E as retas da vida nos impedem de rodopiar por aí
Eu queria ao menos uma vez andar sem saber aonde vai dar e não me sentir mal por isso
Por saber que no fundo eu estou indo aonde eu quero realmente ir.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
quinta-feira, 17 de julho de 2008
AZEDUME
Estou com uma certa ânsia de vômito
Provocada pelas palavras que derramei em versos
A cada palavra me sobe de forma desagradável aquela sensação ruim
E fica apenas aquele gosto azedo na garganta
Mas eu não paro
Não me canso
Vou continuar a fazer de cada sensação um verso
Uma prosa
Um poema
Quem sabe cantar também
“Quem canta seus males espanta”
É preciso vomitar verdades
E ás vezes é preciso provocar o vômito porque ele fica preso
Há os que preferem um antiácido
Há os que preferem um chá de boldo
Eu prefiro a escrita...
E é tanta coisa que prendo em mim
Que quando solto vem tudo de vez
E fica só o gostinho azedo na garganta.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
terça-feira, 15 de julho de 2008
QUEIMAR

Coloca tua língua em mim
Me deixa em ebulição
Se derrama que eu me entrego a você
Mergulha no meu corpo
Vem com chamas que viro brasa
Eu quero é queimar
Porque tudo anda tão frio
Tão gelo
Tão branco
Tão nada
Eu quero tua boca na minha
Tua língua enrroscando com a minha
Quero você inteiro entrando em mim
E gozar a noite inteira
Porque hoje eu quero é queimar
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sábado, 12 de julho de 2008
MENINO
Menino, não me olha assim cheio de graça
Que o meu olhar embaça
E faço pirraça por um beijo seu
Menino, esse brilho em teus olhos
Me tira os propósitos
De ser uma boa menina daquelas que é pra se casar
Menino, se soubesses quanto eu gosto
Quando me enrosco
Em teu corpo e me faz queimar
Menino, deixa eu ser tua garota
Deixa eu ser tua fera, tua mulher, tua ninfeta
Deixa eu ser a própria praga em tua vida
Menino, me diz que quer ser só meu
Que farei parte do mundo teu
E a ninguém mais prometo amar
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
quinta-feira, 10 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
ANÁLISE DO MEU PRAZER

Acho engraçado a minha maneira de viver e de como dou conta dos meus prazeres e desprazeres.
Ultimamente tenho tido um intenso desejo de companhia. Uma extrema carência do outro. Mas o que me espanta é a minha forma de escolha. Não pode ser um outro qualquer, me parece que há uma obrigação de ser o outro que pouca atenção me dá. Tenho necessidade de ser vista pelo outro e se esse me retribui de maneira adequada ou mais do que esperava, tua companhia deixa de me ser prazer.
Eu não sei me doar a quem muito me dá.
Eu não sei não gostar de quem pouco se oferece.
É o prazer no desprazer.
É uma espécie de prazer masoquista que segue um ciclo e a cada um que se completa outro se forma. É uma busca interminável por um objeto platônico e quando ele o deixa de ser perde o encanto.
Não me canso de buscar o inalcançável, como uma paixão incontrolável pela lua como se fosse possível obtê-la.
Eu gozo no desgosto.
É a impossibilidade que me tira o fôlego.
É quando algo parece que não dá que eu corro atrás, que busco.
Quando tudo me parece dado, entregue, o prazer da conquista termina.
Como num sonho de uma histérica, no qual a mulher se encontra no melhor restaurante, com a melhor companhia, ouvindo a melhor música, comendo a melhor comida e nem assim ela está satisfeita.
É talvez eu seja insaciável.
E isso não melhora minha perspectiva e nem diminui meu riso.
-=Þëqµëñä Þö놡zä=-
sábado, 5 de julho de 2008

O que sinto é algo tão particular
Pouco externalizo aquilo que passo... que penso
Deixo tudo por dizer
Deixo as coisas passarem e acontecerem como quiser
Fica tudo pelo dito do não dito
Entenda o que quiser
Tudo muito abstrato
Tudo muito no ar
Falta um pouco de concreto na minha vida
Colocar tijolo por tijolo encimentar no meio e colar
Está faltando construir coisas
Anda tudo muito parado
Idéias soltas
Coisas vagas
Uma construção às moscas
Tem muito estrume em mim
Ando precisando fertilizar.